Monday, December 29, 2008

Promessas de pedra

Ah, cara, 2008 demorou a passar pra mim. E se quer mesmo saber, não foi um ano dos mais felizes que eu já tive. Não sei bem dizer o porquê, mas sei que não dá pra ficar assim.
Estava eu a pensar sobre meus resultados e percebi que tudo que eu conquistei nesse ano se resume a praticamente nada. Minhas notas foram só o suficiente pra passar, não fui aprovado em nenhum concurso público, minha produção musical foi mínima, meu blog ficou às moscas e levei dois foras boniiiitos.Isso sem contar que não consegui honrar algumas das minhas promessas que fiz pra esse ano.
Tudo isso me deixou muito incomodado, e foi assim, me sentindo inquieto e um tanto inútil, que resolvi fazer uma lista de metas pra 2009. São objetivos nos quais decidi gastar tempo e esforço, a fim de fazer a minha vida render. Não quero que sejam simplesmente promessas sopradas, que o vento leva embora. Precisam ser capazes de resistir aos imprevistos, ao desânimo e à preguiça.
Eu não acredito em nenhuma espécie de simpatia pra ano novo, mas se alguém me perguntasse o que muda de hoje pra amanhã, diria que é muita coisa. Meu pai às vezes me conta histórias de quando eu era menor, de como eu fixava uma data pra fazer algo, e fazia. Pra parar de chupar o dedo foi assim, e pra tirar as rodinhas da bicicleta, também. E amanhã, alguma reviravolta, proporcional à complexidade da minha vida atualmente, tem de acontecer.
Fiquei entusiasmado com tal idéia, já tá bem dentro da minha caixola. Mas se for pra acordar desorientado já no primeiro dia do ano, não vai prestar. Por isso, elaborei um plano pra cada meta que estabeleci. Digeri muitas delas em porções diárias, pequenas, pra não ficar com preguiça e não esquecer. Não vai ficar pra depois e não vai atrasar.
Quero estar ocupado o suficiente pra não ver o tempo passar em 2009. Tive uma sensação desagradável de vazio durante 2008, enquanto ficava olhando a grama da minha quadra, as crianças brincando no meio da tarde, era um perfeito vagabundo. No dia 31 de dezembro do ano que vem, quero poder dizer aqui "ei, lembra-se das metas de que falei há um ano? Pois é, consegui isto, aquilo, e aquiloutro também". Quero ter a certeza de que o meu tempo foi bem gasto e de que o meu esforço em mudar o que precisa ser mudado hoje valeu a pena. Feliz 2009.

Wednesday, December 17, 2008

Antes de dormir

Eu não sei o que acontece, mas alguma coisa muda na minha cabeça quando ela encontra o travesseiro, minutos antes de tudo virar uma grande tela branca. É naquela fração de minutos que eu pareço ter um pensamento mais claro, viajo mais e melhor, e encontro soluções pra alguns dos meus problemas.
"Amanhã não vai dar pra adiar mais", "tenho de levar meu violão pro conserto", "o que vou fazer em relação a isto ou aquilo? Humm, parece ser esta uma boa solução", "fulana tá me dando mole, será que rola de investir?", "36... hã?! É o resultado daquele exercício infeliz, e é assim que se faz..." e "finalmente a frase que completa aquela música!" são algumas vagas lembranças desses momentos de maior iluminação, não obstante a luz apagada. Vagas porque não adianta eu correr e buscar um papel pra anotar as idéias. No meio do caminho, já foi metade embora.
Um dia, porém, resolvi bancar o esperto. Lanterna, lápis e papel ficaram ali, do meu ladinho, de tocaia pra quando as elas viessem. Tinha até uma borracha de prontidão, caso o surto fosse grande. Mas não apareceu nenhuma boa idéia naquela noite. Em outras ocasiões, quando vou dormir desarmado, lá estão elas aos montes. Será que elas têm de serem anotadas?
Talvez nem todas sejam realmente boas, mas dá pra dizer que são diferentes. São coisas que eu não penso durante o dia, quando qualquer movimento me chama a atenção. E vêm como um relâmpago, que num instante brilha e ilumina outras idéias escondidas, e logo depois se apaga, atiçando a minha curiosidade.
Eu fico ali, deitado, querendo imaginar mais, pensar mais, achando que vou lembrar tudo quando acordar, mas não demora muito e o sono faz sua parte. No outro dia, vêm os problemas e as especulações rotineiras e sem sentido pra me ocupar. Algumas soluções pra eles vêm de ontem, e é pensando na vida antes de dormir que eu percebo que a minha vida evolui.

Friday, November 14, 2008

Um dia ruim para o cérebro

Eu já escrevi um texto falando sobre a ignorância nata que todos nós possuímos, mas hoje eu simplesmente preciso dizer o quanto estou me sentindo estúpido. Pois é, hoje é um daqueles dias em que eu simplesmente tenho a certeza de que sou uma besta quadrada. Não sei se já te aconteceu, mas é por aí o raciocínio, se é que há algum.
A sensação de ser um completo idiota não me agrada muito, sabe? Parece que pensar duas vezes antes de falar cada palavra não é mais suficiente. A gente fala as coisas e, antes de terminar, sabe que falou demais. Ficar calado adianta, mas nem sempre. Bom mesmo é quando a gente nem pensa e já sai soltando o verbo. E foi pensando nessas coisas óbvias e falando sobre elas que eu percebi a minha babaquice.
Pra aumentar a sensação de desconforto num dia como esse, nada melhor do que repetir um erro recente. Na hora, quem se dá conta? Passa um tempo, a cabeça baixa, mão na testa:"não acredito que fiz isso de novo". Meia hora depois e ainda tem um cérebro muito ocupado em se lamentar por qualquer bobagem relativa ao fatídico evento.
E por último, mas não menos importante, ela, sempre ela: a falta de inspiração. Não saber o que dizer é a maior prova de que nem sempre a gente tem o intelecto tão afiado quanto gostaria, e ,em especial, hoje, uma baita ironia que só deixa mais patente a minha insatisfação com meus próprios miolos.
A única luz no fim do túnel pra quem se sente idiota é que, assim como a maioria dos nossos sentimentos, esse também passa. Que amanhã, então, seja um dia em que nos sintamos mais inteligentes ou, pelo menos, menos burros.


("pelo menos, menos burros", que coisa mais idiota...)

Saturday, October 25, 2008

A tal da preguiça

Ah, a preguiça, esse mal que assola a humanidade desde o princípio do mundo e motivo pelo qual eu não venho postando há séculos. Sendo, porém, sistematicamente cobrado por alguns bondosos leitores, resolvi que era hora de menos lenga-lenga e mais posts. E foi numa dessas tardes, depois de uma conturbada soneca, que me pus a pensar sobre o que vem a ser essa força tão poderosa que nos rouba todas as outras forças.
Veio-me à caixola a imagem de quando a gente acorda. "A preguiça seria aquele saco imaginário de 500 kg que cai sobre nós quando esboçamos alguma reação contra a vontade quase irresistível de manter nossos corpos no repouso de nossos sedutores leitos", pensei.
Mas ninguém sente preguiça só quando acorda. Sentimos preguiça de muitas coisas, e até de outras pessoas. Então, quando não estamos dispostos a gastar energia e tempo com alguma coisa ou alguém, estamos com a danada da preguiça, até porque esses são recursos escassos, que a gente não pode desperdiçar. Falando desse jeito, parece até que preguiça um mecanismo de defesa (todo mundo pensa "ainda bem que eu tenho preguiça!").
Acontece que o poder defensivo desse estado de espírito é também sua maior agressão contra nós. Evolui numa reação em cadeia ao longo do tempo, de modo que quanto mais preguiça a gente sente, menos quer fazer o que tem de ser feito. E se deixa de fazer algo que precisava ser feito, sente mais preguiça de fazer outras coisas que deveria fazer. A reação continua, e gastamos mais tempo e energia adiando nossas obrigações e tentando cumpri-las de última hora, do que se as tivéssemos feito no tempo certo. Que ironia, ora bolas.
E o mais triste é que ainda não inventaram nenhum remédio eficaz contra esse mal que assola a humanidade. Só existe mesmo uma força com que podemos contar: a tal da motivação. No jogo de forças que rege cada um de nós, é certo que só há vitória quando decidimos parar de envelhecer e ignorar a porcaria do saco de 500 kg, levantando-nos da cama determinados a fazer do novo dia algo melhor do que foi o anterior.

Monday, August 18, 2008

O vizinho

Hoje aconteceu uma coisa engraçada. Minha irmã me levou pra facul, porque queria ficar com o carro e resolver umas paradas que precisava pela manhã. No final da aula, ela não pôde me buscar, então tive de voltar a pé pra casa.
Brasília definitivamente não é uma cidade feia. Apesar da secura dessa época do ano, o caminho que eu fiz era bem bonito e cheio de coisas interessantes pra ver. A uns dez passos à minha frente, ia um garoto da minha idade de mochila nas costas, vestido casualmente. Ele deu uma olhada pra trás e continuou seguindo.
Quando ele foi pra esquerda, eu fui pra direita. Passamos por um bloco comercial e atravessamos a W3. Quando entrei na 308, vi que ele ainda estava na minha frente. Parecia que a gente ia pro mesmo lugar, mas julguei ser precipitada tal suposição.
Beleza, passamos pela 308, depois pela 108, e chegou a hora de atravessar os eixos. Como nenhum de nós parecia muito disposto a encarar as passarelas subterrâneas, aventuramo-nos na travessia. Eu nunca havia corrido como um louco pra transpôr e eixão antes, e, cara, foi menos assustador do que eu esperava, embora não menos perigoso, talvez.
Como demorei um pouco mais na aventura das pistas, o carinha ficou à frente de novo uns dez passos, mas eu nem tava me importando. Passando pelos blocos aqui da quadra, ele foi reduzindoa marcha. Quando cheguei ao meu prédio, veja só, descobri que ele também morava aqui. Fui pra entrada da esquerda, e ele pra da direita. Não falamos uma palavra um com o outro, e eu nem mesmo lembro o semblante do rapaz. Mas achei incrível como o anonimato e o isolamento em nós mesmos pode tornar qualquer coincidência um fato digno de reflexão. Ah, se pelo menos a gente pudesse confiar mais nas pessoas...

Wednesday, August 13, 2008

Mulheres, abelhas e chocolate

(Atençao: este post pode soar ofensivo ou machista. Se você, mulher, tem estresse crônico, é feminista, ou apenas gosta de implicar, sinta-se livre pra pular a leitura)
Bem que eu nunca duvidei que o ser humano é um bicho como outro qualquer, mas hoje vi umas coisas que realmente me deixaram surpreso quanto ao grau de semelhança. Tava asistindo ao nem sempre útil Discovery Channel e descobri que as mulheres têm muito mais em comum com as abelhas do que os olhos grandes, o visual bacana e o ferrao.
Já viu que abelhas nao tao de brincadeira, né? Nao pode dar mole, senao leva picada. Elas estao por quase toda parte nos importunando, entrando em nossos refrigerantes e ajudando o mundo a ser um lugar mais ahm... sonoro e colorido, mas também fazem o mel que todos nós amamos e queremos.
Dizem que o jeito mais fácil de acalmar abelhas loucas pra deixar alguém dolorido é usando fumaça, porque as deixa confusas. Entao elas vazam pra colméia, se empanturram de mel e ficam de boa. A partir daí, a probabilidade de ser picado tentando roubar mel diminui!
De volta ao mundo dos seres humanos, repara só na livre associaçao. Imagina a fumaça como alguma confusao qualquer pra uma mulher. Nessa situaçao, o que ela faz? Ela vai pra casa, e chama as amigas. Em casa, elas ficam conversando potoca da vida alheia e comendo a mais fina iguaria que há pra qualquer mulher no mundo: chocolate. E depois de muito tramarem sobre suas situaçoes delicadas e se entupirem de chocolate, como que por mágica ficam calmas. Nao diria calminhas, mas pelo menos agora nao querem matar ninguem(nao no curto prazo, pelo menos).
A conclusao ao final destas breves observaçoes nao é muito diferente do que já estava no início: nós seres humanos somos bichos, como quaisquer outros. E antes que vocês, moças, fiquem iradas e parem de ler, quero dizer que nós, homens, nao somos mais inteligentes nem muito diferentes das senhoras. Só nao achei ainda uma analogia pertinente, mas com tanto bicho doido por aí, nao vai faltar comparaçao bizarra. Mas antes de começarem a maquinar, por favor, comam um chocolatezinho básico. :)

Tuesday, August 12, 2008

Teoria da Conserva Emocional

Tava vendo Malhaçao esses dias (sim, podem me zuar, pessoas cultas e soberbas que nao assistem a novelinha ;)) e aí tava rolando uma briguinha de casal, só pra variar. Parece que, depois de anos de casamento, a mulher virou pro marido e disse que era mais feliz e livre longe dele. Entao pensei comigo: "como pode ser isto?"
Tudo bem que eu nao sou o cara mais otimista que os senhores conhecem nesta área da vida, mas, véi, que coisa bizarra eu achei. Digo, como assim nao ama mais? Que coisa absurda, disse comigo. Entao comecei a me lembrar das minhas experiencias e das que já vi de perto, de longe e de relance.
Quando eu era criançola, tinha uma visao mais poetica do mundo. Até a 7a série eu achava que todo mundo tinha um par perfeito, uma cara metade que fosse unha e carne e que fosse mais natural com tempo do que a própria sombra do indivíduo. Bem, isso mudou depois de uma ida ao cinema e de eu nao ver o filme.
E o que eu aprendi depois nao vai em sentido contrário. Parece-me que esse lance de amor tem prazo de validade, da mesma forma que um enlatado em conservas que a gente compra no supermercado ou vidro de azeitonas verdes. Alguns duram a vida toda. Outros duram três dias. Se eu acreditasse em sorte, diria que é puramente na cagada que a gente encontra alguém pra vida inteira, mas ando muito pessimista pra isso.
Maior bizarrice do que essa foi só quando descobri que a Teoria da Conserva Emocional também é regida pelas trocas de calor emocional. Explico: na geladeira, os alimentos duram mais do que se estivessem expostos ao calor natural. Notei algo semelhante nos meus dilemas e paixonites até hoje.
Repara só: houve sentimentos que duraram anos sob uma troca controlada. Elas me chamavam de frio, mas ainda gostaram de mim por anos. Quando resolvi bancar o cara legal, que todo mundo diz pra gente ser, veja só, a coisa estragou rapidinho. Quando resolvi bancar o romântico, ainda mais rápido ocorreu a degradaçao, em questao de dias. Quando aconteceu foi uma merda, mas observando agora, tô achando até interessante.
Certo, muitos de vocês devem estar pensando que eu sou um doido varrido por pensar tantas coisas assistindo a uma cena de novela. Mais que isso, me julgando o cara mais mal amado que há sobre a face da Terra. Mas considerando tudo que eu disse até agora, eu realmente nao me importo muito quanto a ser mal amado. ;)
P.s.:post realizado de um note gringo. Perdoem a falta do til.

Tuesday, August 05, 2008

O singelo flautista

Estava eu descendo as escadas pra buscar um cartucho de tinta ali na comercial, quando pela minúscula janela entrou uma melodia delicada, soprada pelo vento. Era o som de uma flauta, subindo pelo ar e inundando os ouvidos de quem quer que estivesse perto dali.
Naturalmente, fiz aquela flexão e meti a cabeça na janela pra ver de onde vinha aquela maravilha. No começo, até achei que era uma gravação e me julguei retardado por estar ali querendo saber de qual apartamento vinha a música. Depois, porém, o timbre ficou tão cristalino que deu pra perceber que não era gravação: tinha alguém tocando uma flauta por ali.
Quando cheguei ao térreo, já me havia esquecido da flauta e de tudo o mais. Fui lá na lojinha, catei o cartucho e voltei. Subi as escadas, milhões de pensamentos esvoaçando na cabeça como folhas cadentes no vento.
Abri a tampa da impressora, o cartucho na mão e no jeito pra ser colocado. Eis que o som da flauta veio de novo, mas desta vez com um suave eco. Comecei a ficar bêbado com a música de novo e meus pés andaram até a janela sem que eu precisasse mandar. Foi aí que vi, passando pela quadra e tocando sua flauta, um homem simples, de chapéu na cabeça. Seu passo não era nem rápido, nem devagar. Não parecia estar pedindo nada. Também não sei dizer se tinha rumo aquele sujeito. Só sei que fez um bem danado pros ouvidos e corações que sua melodia alcançou pelo caminho.

Thursday, July 31, 2008

A corda, garoto!

Rapaz, como eu tenho preguiça de abrir a porta de casa e sair correndo ou caminhando por aí. Agora que estou fora das piscinas, exercício físico tem sido coisa rara na minha vida nem sempre saudável. Agora estou mais gordinho(engordei 2kg), meu pânceps aumentou e meu condicionamento físico foi pro saco. Em resumo, tô fora de forma.
A idéia de ficar barrigudo e sem pique, porém, não é nada atrativa pra mim. Estava eu caçando algo pra fazer e me divertir, quando vi aquela propaganda da Coca-Cola da cordinha. Achei até legalzinho, mas tinha um problema: eu nunca tinha pulado corda na vida.
Pense num marmanjo de 20 anos que nunca pulou corda. E antes que algum retardado pergunte, sim, eu tive infância. Só não tive uma corda, mas isso não vem ao caso. Pra minha felicidade, achei uma corda dando sopa dentro do meu armário(acho que era da Bruninha, mas agora é minha! Mwahaha!). Com uma cordinha até mais ou menos, eu poderia brincar enquanto juntava umas tampinhas pra trocar nas cordas da Coca.
Problema seguinte: coordenação motora. Eu sabia rodar braços em sentidos diferentes, fazer combinações malucas com os dedos, mas na hora de pular a bendita da corda, não rolou. Com um auxílio da mamãe, veja só, consegui. Depois descori que não consigo pular mais que 30 segundos sem me enroscar.
Finalmente acumulei uma quantidade boa de tampinhas e fui trocá-las. Deram quatro cordas. Descobri então que a cordinha que tinha em casa nem era das piores. Na verdade, eu esperava um pouco mais das cordinhas da Coca, mas por R$4,00 fica difícil exigir super qualidade das mulambas. Mesmo assim, elas têm um ponto alto, que é a possibilidade de emendar uma na outra e formar uma corda maior.
Certo, certo, agora tem corda sobrando aqui. Comecei a pular de verdade hoje, e até que é divertido! Não pulei mais do que um minuto sem morrer de cansado, mas pulando um minutinho hoje, dois amanhã e assim sucessivamente, não demora e eu melhoro na parada. Pular corda é altamente recomendado pra você que, como eu, não morre de amores pela corrida nem pela caminhada, não tem uma piscina decente por perto e não quer ficar sem se mexer. Supimpa!

Monday, July 28, 2008

A zuada da noite

Eu tava tossindo mais do que motor de Fusca ontem à noite quando fui me deitar. Deixei a janela fechada, mas abri as cortinas, pra que quando o sol se levantasse, me ajudasse a sair da cama também.
Arrumei minhas cobertas e me estirei na cama. Comecei a pensar na vida, em como são as coisas, enfim.. no que a maioria de nós pensa antes de pegar no sono. Mas eu não peguei no sono...
Ainda tinha carga pra muito tempo, tinha dormido de babar pela tarde. Como não tivesse tempo pra encontrar a solução da crise dos alimentos e a paz mundial, já que minhas aulas começaram hoje, resolvi fechar os olhos e tentar dormir assim mesmo. Mas uma muriçoca muito esfomeada, imagine só, estava fim de me sacanear.
Usei a tática báscia de cobrir a cabeça, mas ainda dava pra ouvi-la buzinando na minha orelha. Foi passando o tempo e aquela coberta virou uma estufa. E quando eu descobria a cabeça, ficava mais suportável, mas lá vinha o zumbido.
O relógio já marcava duas horas da matina quando decidi me levantar e pôr um fim naquele inseto miserável, mas a letargia segurava meus braços e a danada sempre escapava. Já estava a dois passos da loucura quando me lembrei de um sábio conselho da Bruninha, que diz mais ou menos assim: "Liga o ar condicionado que a danada vai embora."
Não me parecia o conselho mais sábio do mundo, mas àquela altura, eu não tinha mesmo muita opção. Liguei o ar e me deitei de novo. Já tava o esperando o zumbido ensurdecedor. Esperei mais um pouco. Mais um pouco... E não veio. Finalmente aquela muriçoca fanfarrona teve o que merecia!
Demorei mais um pouco pra capotar de vez, e finalmente consegui. Não perdi a hora da aula, embora tenha batido aquele sono na aulinha de Direito Processual Civil, aquela matéria que todo mundo acha super legal e divertida, não é mesmo? Agradecimentos especiais à minha irmãzinha pelo sábio conselho dito não lembro onde, nem quando. :)

Saturday, July 26, 2008

Caraca, faz tempo que não escrevo aqui. E não tinha mesmo idéia nenhuma pra escrever agora também, mas o fato é que precisarei praticar mais minha redação e escrita este semestre se quiser passar no concurso do TRT da 18ª Região. Cara, tava esperando esse concurso sair faz tempo. E nem botava fé que ia sair em 2008 ainda, mas vejam só que belezura: taí já!
Sempre que eu venho postar alguma coisa aqui, ou não tenho inspiração pra nada ou tenho algo mais importante ou mais interessante pra fazer. Agora mesmo ocorrem as duas coisas, mas por milagre eis-me aqui a escrever. Não pensem os senhores que seja desconsideração da minha parte. Também não sei o que é, mas as férias disso aqui acabaram e foi hoje. :)

Sunday, June 15, 2008

Faxina

O blog andou parado por um tempo, mas como hoje eu estava a fim de arrumar meu quarto e tirar a poeira das coisas, pensei que poderia fazer o mesmo por aqui.
Ultimamente tenho andado cercado de dúvidas, e me disseram que isso é muito natural. Todo mundo tem dúvidas aqui e ali, mas acho que as minhas são do tipo hardcore. Tenho sempre de pensar nelas de novo e de novo, mas estou ficando cansado disso.
Então, acho que vou começar a tomar algumas decisões, até porque o tempo é oportuno. Final de semestre e coisa e tal. É mais um ciclo, e não quero seguir o caminho da mediocridade no próximo.

Wednesday, June 11, 2008

Sobre o ciúme

Véi, passar ciúmes funciona. Funciona MUITO!

Tuesday, May 20, 2008

Constatação

Descobri que não sei acabar uma conversa ao telefone:
- Então falou, rapaz, até mais!
- Falou, abração!
- Outro, fica na paz! Tudo de bom!
- Pra você também, boa noite, té mais, tchau!
- Falou, tá, tchau!
(...)
Menino, vira um trem tão esquisito que, quando eu vejo, já desliguei. Ou desligaram pra mim.

Monday, May 19, 2008

Drive thru a pé

Pô, tava voltando tardão com meu primo Hugo e o Luís quando bateu aquela fome. Felizmente, pra nossa sorte, havia um Mc donald's aqui na minha quadra e ele tava aberto! Pelo menos a parte do drive thru.
Apesar de a gente ter ido lá a pé e de já ter comido fast food do mesmo restaurante no almoço, rolou de ir lá ver de qual era. Afinal, ninguém queria dormir de estômago vazio. O carinha foi de boa e deixou a gente ficar lá na fila dos carros, mesmo sem um carro. Eu achava aquilo tudo meio ridículo, mas era mais um preço a pagar pra comer, ora bolas. Idéia do Hugo...
Já tava me acostumando com a idéia e pensando na originalidade e perspicácia de nossas mentes alucinadas em ficar ali, naquela situação, quando quis ter certeza disso tudo perguntando ao atendente:

-Ô, moço, alguém já fez isso antes ou a gente tá quebrando algum paradigma?
-Naada, direto vem gente a pé aqui.
-Mas pelo menos somos os primeiros dessa noite, certo?
-Certo.
Taí, não éramos lá o suprassumo da originalidade nem do estado de necessidade que a fome provoca num ser humano, mas o mais importante foi conseguido: nossas promoções esfaqueantes e uma noite mais feliz e menos saudável. '^^

Prática de conjunto

Rapaz, nos últimos dias pareceu até que minha vida é agitadinha e eu tenho muito que dizer. Verdade é que na sexta-feira 16 eu toquei pela primeira vez com uma banda! Foi legal, apesar de a gente não ter repertório e ter ficado só numas musiquinhas do Oasis lá. Acho que só de juntar o pessoal pra tocar mais uma vez já seria uma vitória. Emplacar uma bandinha mesmo seria massa por demais. Já até falei disso aqui, mas vamos ver o que sucede daqui pra frente.

Wednesday, May 14, 2008

Conclusão

A melhor coisa que fiz nos últimos dois dias foi parar de ver Malhação e sair pra dar uma corridinha no parque (embora, segundo meu monitor de frequência, eu já devesse estar muerto por conta do esforço Oº).

Tuesday, May 13, 2008

Cof cof

Pô, ficar gripado é uma merda. Nariz nervoso, garganta doendo e o corpo meio mole. Mas pelo menos tô com aquele vozeirão do Cid Moreira. xP

Sunday, May 11, 2008

O mestre e o aspira

-Meu brother, entenda uma coisa: o fora foi feito para o homem! Certamente não é agradável, mas uma questão de costume. Você leva o primeiro e se sente a pior das criaturas terrenas. Leva o segundo e já não se sente tão mal. Depois você desencana e já parte sem medo, porque essa é a atitude que vale. Talvez não seja 100% de eficiência, mas fazer o quê? Ficar chupando o dedo é que não rola.
-Tá, mas eu nunca cheguei em nenhuma menina e talz. Tudo que eu consegui até hoje foram esquemas pré-arranjados de msn e orkut!
-Compreendo, mas experimenta o que eu tô te falando. Você pode achar que é tentativa e erro, e acaba sendo mesmo. O negócio é a experiência.
-Como que eu chego?
-Depende. Tudo depende. O ambiente, por exemplo, tem de estar favorável. Se tiver rolado aquele flertezinho, meio caminho andado. Seja educado e não force a barra. Converse de boa, sacou? Pra conhecer mesmo.
-Humm... Eu achava que a coisa era mais direta.
-Nada, rapaz. Exige um pouco de técnica da nossa parte. Eu poderia passar a noite toda te contando todos os segredos envolvidos nesta nossa atividade como homens, mas você tem de praticar o que já aprendeu. Sabe aquela ali, de vestidinho azul? Tá te dando o maior mole. Vá lá e me mostre do que você é capaz!
-Ehr... Acho que vou ali beber uma coca...
-(suspiro) A gente tenta não perder a esperança, mas tá difícil.

Saturday, May 10, 2008

A Batalha da Água

(Mai minino, hora que eu vi tinha passado ua semana, cê cridita?)

Estava eu dormindo de boa hoje à tarde, quando minha mãe interrompe meu sono de beleza:
-Ô filho, preciso da sua ajuda. A sala tá inundada.
Enquanto me perguntava se era mesmo aquilo que tinha ouvido, levantei-me ainda lerdo e fui à sala ver o que se passava. Foi então que senti a água molhando a barra da calça. Véi, a sala tava inundada! Canário! Só um objeto no mundo seria capaz de tamanha atrocidade: a mangueria de saída da máquina de lavar. Sim, ela havia escapado, e o caos se instalara no aconhego do meu lar.
Arrumei uma bermuda, um rodo e fui lá ajudar minha progenitora na difícil tarefa de secar a casa. A água avançava pelo corredor e ganhava os quartos, mas eu não estava disposto a perder a batalha. Foram vários golpes na danada, até que ela perdeu terreno e ficou só la na sala.
Os móveis assistiam àquela cena maluca, uma coisa que não podiam compreender. Os rodos deslizavam furiosamente pelo chão, e as ondas espumantes se avolumavam perto da cozinha. Era um inimigo pernicioso, que reagia aos meus ataques tentando me derrubar com escorregões e deslizes insanos. Felizmente, porém, não propiciei-lhe tal prazer.
O destino daquele duelo parecia se desenrolar diante dos nossos olhos. Aos poucos conseguíamos pequenas vitórias sobre a tormenta, tirando-lhe a força e mandando seus vagalhões para o fundo do ralo. Um inimigo tão ardiloso, porém, não se deixaria abater de modo tão inexpressivo. Ainda restavam parcelas de sua fúria em pequenas poças pela casa, e as marcas dos rodos no chão denunciavam que ainda não era chegado o fim do combate.
Utilizamo-nos então de nossa segunda arma: o pano! Sim,nós o lançávamos em conjunto com o poderoso rodo sobre as últimas águas, e era como se o dia se transformasse em noite para elas.
Após várias investidas, enfim, vencemos a batalha desta tarde. A ordem parecia se reestabelecer e o sol se punha atrás do vasto planalto central. As crianças brincavam no jardim e minha mãe sorria satisfeita, achando graça de tudo aquilo. Aqueles litros de água fora do lugar foram domados, e agora tudo está bem. E quanto à mangueira... bem, demos um jeito nela.


Thursday, May 01, 2008

Hoje,

Tony Stark e os músicos do shopping me deram uma lição sobre atitude e muito trabalho duro, respectivamente.

Wednesday, April 30, 2008

Estatística

De todas as pessoas que já torcaram uma palavra ou duas comigo:

50% me acharam um completo idiota;

25% acharam que sou anormal;

15% me chamaram de doido;

10% me acharam legal.


Tô beeeem...

Tuesday, April 29, 2008

Feiúra

Pô, a viagem pra Goiânia no fim de semana atrapalhou meu esquema de postagem diária, mas tô aqui de volta, meu povo. Andei um pouco de carro lá e queria falar aqui sobre uma coisa que muito incomoda a minha pessoa: jogar lixo pela janela do carango. Em tempo: em todo lugar tem disso, mas foi só por esses dias que resolvi postar sobre essa falta de educação.
De fato, é uma atitude é muita feia. O pior é que é uma coisa tão frequente, parece que já tá na cultura das pessoas. Pouca gente se preocupa em guardar o lixo por mais uns minutos pra depois jogá-lo no local adequado. Não me parece ser uma questão de vontade, porque já houve várias campanhas nos meios de comunicação pra ajudar a frear tamanha grosseria com as vias públicas e com o meio ambiente.
Quem joga lixo no chão estando a pé não é menos feio. Fazer isso mostra que estamos muito longe do ideal de civilidade e respeito que tanto almejamos. Pode parecer uma coisa simples, mas reflete o descaso que muitos de nós temos no trato do lugar em que vivemos, pra não dizer com as pessoas que ocupam a mesma área que a gente.
Por fim, não é uma atitude das mais sábias dar trabalhos pros garis, mas uma baita grosseria, pode ter certeza que é. Use bem as coisas, evite desperdiçar e, quando terminar, deixe pra jogar no lixo.

Thursday, April 24, 2008

Era preu ter ido na dermatologista hoje, mas esqueci. Acho que preciso dormir mais. Oº

Wednesday, April 23, 2008

Descoberta

Um computador ligado funciona quase tão bem quanto café ou pó de guaraná na difícil tarefa de mantê-lo acordado enquanto estuda. Basta virar as costas pra ele e deixar o msn sem barulhinhos.

Tuesday, April 22, 2008

Quase...

Eu não teria nada pra postar hoje, até que fui ao supermercado comprar margarina, carga de barbear e pão. A rua tava vazia, o mercado tava vazio, tava tudo de boa.
Aconteceu só uma coisinha quando eu tava voltando pra casa. Ou melhor, quase. Quase mesmo. Pense na menor molécula que possa existir. Diminua umas trezentas vezes e vai achar a distância que eu passei de um outro carro. Pura desatenção. Foi tipo um beicinho de pulga, mas não de uma pulga qualquer. Com certeza foi da pulga mais magrinha e mirrada do mundo. Caraca, foi perto. Meu coração acelerou, minhas suprarrenais gelaram minha barriga, a testa suou e o Brain Media Player tocou a sinfonia da destruição.
Mas nãão, não teve batida. Teve, sim, livramento de Deus. Cheguei em casa, fechei os olhos e disse: "Obrigado, Senhor."

Monday, April 21, 2008

21/04

Hoje, quando acordei, fui sugado por uma máquina do tempo. Fui transportado pro mesmo dia do ano passado, e lembrei muitas coisas. Os anos vão passando e eu acumulo experiências nesse dia ou relacionadas a ele. Ano passado, por exemplo, foi o dia em que tive uma briga com minha ex no pontão, e também o dia em que estranhamente encontrei meus amigos no píer. E tudo pareceu como se hoje fosse.
Tiradentes me lembra também minha primeira cola, na quarta série. Teria sido uma cola normal, mas não foi. E sabe por quê? Porque quem me deu a cola foi a menina que eu gostava. Pô, foi massa. Coisas ruins evito lembrar, mas coisas boas levo pra sempre, porque é muito bom. Feriado hoje foi de boa. Se bem que semana de prova ta aí e eu estou lascado.

Sunday, April 20, 2008

Ô, rapaz...
A parte ruim de vir a Goiânia é que não tenho mais uma casa pra chamar de minha, assim propriamente dita.
Entende?

Saturday, April 19, 2008

Hoje eu descobri que preciso ser realmente bom em alguma coisa. Só não sei ainda no quê.

Friday, April 18, 2008

Todo dia

Pô, falhei um dia no objetivo de postar todo dia. Parece uma coisa simples, mas tive de fazer um certo esforço pra depois retomar o propósito.
Sabe, acho que muito do que a gente faz na vida tem de ser feito no dia-a-dia assim, todo dia um pouco. Quando eu faço isso, sinto uma melhora naquilo que eu faço; parece que a coisa anda pra frente.
Dá até pra ler vários livros ao mesmo tempo sem perder o fio de nenhum deles. Pra mim é uma descoberta fabulosa essa coisa de administração do tempo, mas ainda preciso fazer muita coisa pra não torrar todos os meus segundos na cegueira da juventude.
Todo mundo já falou isso um dia, e eu vou repetir: se quer alcançar algum objetivo, tente dar um passo em direção a ele todos os dias, mesmo que seja pequeno. Parece tão tranquilo pra dizer, mas na hora de fazer, sempre pinta um probleminha aqui e outro ali. Apenas não pare por causa deles.

Thursday, April 17, 2008

Cada um na sua

Meu amor, tô incomodado
de viver assim perdido.
Essa inércia muito
nos faz mal.

Parece que o nosso amor
não tem mais muito jeito,
então melhor cuidarmos
do final.

Por noites e noites eu
chorei com a alma nua,
pra engolir essa
realidade crua.

E se o mais certo é
que a vida continua,
daqui pra frente é
cada um na sua.

Meu amor, tô cansado
de viver um faz-de-conta.
É triste não te
ver fazer questão.

Parece que já não dá mais
pra segurar as pontas,
então melhor pular
pra conclusão.

Por noites e noites...

Meu amor, já tô é farto
dessa relação sem graça.
Não tá escrito o quan-
to eu sofri.

Verdade é que eu tentei
evitar essa desgraça,
mas foi inevitável
o nosso fim.

Por noites e noites...

Tuesday, April 15, 2008

Rock'n roll dream

Beleza, nada de crianças, mas uma bandinha pra fazer um som não seria nada mal. Véi, sempre quis ter uma banda, mas até hoje quase ninguém me chamou pra fazer grupo.
Dizem que é um esquema enrolado, que tem de ter jogo de cintura pra agradar todo mundo, e que o resultado final às vezes é algo totalmente diferente daquilo que a gente tinha na cabeça. São coisas que não são necessariamente ruins, mas que devem dar um certo trabalho e pedir muita paciência.
Ultimamente tenho tentado escrever mais músicas também, até poemas pra musicar e tudo. Vou postar alguns aqui, mas as melodias que eu sempre achei as melhores nunca têm letra que se encaixe nelas.
Nossa música é boa, mas de uns anos pra cá tem sofrido na qualidade. E quando eu tiver uma banda, vou fazer um som bacana, decente. Acho que a música ou precisa passar uma mensagem fácil de ser entendida ou que grude na cabeça do ouvinte, pra que ele fique pensando naquilo e tire uma conclusão depois. É claro que escrever e compor uma canção que seja capaz disso demanda muito esforço e tempo, e eu tô disposto a pagar esse preço. Já quis ser um guitar hero, famosão e rico, mas hoje, se puder gravar um cdzim de qualidade, já seria quase como um filho pra mim. x)

Monday, April 14, 2008

No kids, honey

Quando as pessoas me perguntam se eu quero ter filhos, construir uma família, geralmente se surpreendem com a minha resposta: não. Pra mim é algo natural, mas pro resto do mundo acho q não faz muito sentido, então resolvi falar sobre isso.
Dizem que o sonho de todas as pessoas é de se casar e ter filhos. Na boa, acho que, se eu me casar, já vai ser quase um milagre. Um feito notável. Não sou uma pessoa lá muito amável, mas muito exigente na hora de procurar uma donzela, pode apostar que até demais.
Quanto a ter filhos, sinto muito. No kids, honey. Nem dois, nem um. No máximo um cachorro ou um peixe. Peixe é melhor que dá menos trabalho. Criança, só a dos outros.
As torcidas do vasco e do flamengo já tão unidas e prontas pra acusar minha insensibilidade e frieza de coração, mas antes que o façam, permitam que eu diga uma coisa ou duas sobre ter filhos. Véi, ter filho é uma atitude que implica muita responsa. Acaba que se torna uma limitação também, porque um pai se responsabiliza pelo filho pro resto da vida. E até tirando todos os compromissos e indo pra parte legal, tem de ter muito amor, meu caro, e quando você fica sem a pessoa, é triste.
Enfim, não quero ter filhos e pronto. Que ótimo, né? Logo se vê que eu não seria mesmo um bom pai...

Sunday, April 13, 2008

Um probleminha

Né por nada não, mas eu tenho a ligeira impressão de que fico um cadim mais burro de tempos em tempos. Isso é um tanto triste, mas não muito desesperador (ainda).
Na verdade, acho que o processo é diário, mas o resultado a gente só percebe à medida que o tempo passa. É claro que estou lendo mais, me ocupando mais, fazendo mais coisas, mas nada disso parece dar um jeito no meu retrocesso, o que me leva a crer que deve ter algo errado. Algo que eu não sei também o que é.
Emburrecer é uma coisa triste, porque não dá pra disfarçar muito, e também porque você vai deixando de entender as sutilezas do convívio em grupo e acaba machucando as pessoas do seu círculo (mais do que gostaria e as que não gostaria). E afastando possíveis novas também. A parte boa é que quando alguém tenta te fazer de otário, não consegue, porque... bem, você meio que já tá naquela condição, então dá pra desconfiar logo.
Acho que, num passado não muito remoto, eu era mais capaz de resolver problemas e fazer associações. Talvez fosse mais bonito e conseguisse impreessionar mais as gatinhas com meu papo. Hoje sou só um cara meio estranho, ainda não muito burro, mas também nenhum primor de inteligência.
E foi buscando um tratamento pra essa situação que resolvi que vou escrever algo todo dia, começando de hoje. Se não conseguir ficar mais inteligente, pelo menos vou escrevendo enquanto ainda consigo, tentando retardar os efeitos mais graves e me forçando a ser criativo. Aqui não tem espaço pra auto-miseração nem nem conformismo, rapaz. Negócio é tomar uma colher de sopa de Sivirol duas vezes ao dia e tocar pra frente. Então é isso, vou atualizar meu blog todo dia agora, e seja o que Deus quiser. ;)

Tuesday, March 11, 2008

A pior coisa do mundo

Estava eu a pensar com meus botões sobre o cotidiano, a vida e as pessoas. E descobri que a gente é irremediavelmente falho em um aspecto que nasceu, que se desenvolve e que vai morrer com cada um de nós.
Se você tava procurando a pior coisa do mundo, acabou de achar: é a ignorância. Agora a gente tem algo pra culpar sempre que alguma coisa na nossa vida der errado.
E de fato é assim, porque todas as outras coisas ruins que existem e acontecem na nossa realidade são consequências diretas ou indiretas da ignorância, ou ainda um subproduto dela. O pior de tudo é que às vezes nós queremos ser ignorantes, só dificultando as coisas pro nosso lado na evolução e facilitando pra seleção natural.
As guerras acontecem por causa da ignorância, uma pessoa mata outra sem querer também por causa dela e amores começam e terminam fiados também nela. Aquela falta de educação horrorosa no trânsito? Culpa da mardita. Aquele trabalho que era pra hoje e você esqueceu? A internet caiu? Seu vizinho acha que toca bateria? O rato roeu a roupa do rei de Roma? Adivinha...
A ignorância está em tudo, mas as coisas ignoradas podem ser as mais diversas. Pode apostar que elas fazem uma falta danada no momento em que as ignoramos. Ignorar é uma coisa triste e inevitável, é a sina da humanidade. Só que assim como outros males incontroláveis (que são frutos dela, não esqueça), nossa ignorância pode pelo menos ser combatida.
A gente é capaz de desafiá-la quando anda pra frente, quando estuda, quando quer saber das coisas, quando se levanta depois da queda. Talvez a beleza de viver esteja na luta constante que empreendemos pra não cometer os mesmos de novo e de novo. Nosso progresso é lento, e ela está sempre um passo à frente, mas mesmo assim vale a pena. Afinal, ignoramos também o que vem depois da morte, por mais otimistas que sejamos em relação a nossa futura morada.
E se você ainda não se deu conta, deixe-me esclarecer: você é um ignorante! Ah, é sim. Não se sinta ofendido, por favor. Eu também sou, e todas as outras pessoas desse mundo de igual maneira o são. Até porque, se alguém não fosse subordinado à ignorância, já teria achado um jeito de acabar com ela...

Tuesday, February 05, 2008

A ciência do bilboquê


Ah, o bilboquê. Já brincou com essa coisa bizarra? Não é um dos brinquedos mais fáceis que já inventaram, mas tem sua dose de diversão.



A gurizada de hoje provavelmente não o conhece. Afinal, com tanto brinquedo mais bonito e legal por aí, quem iria se interessar por uma bola furada e um pedaço de pau ligados meramente por uma cordinha? Confesso que também não botaria fé no investimento, mas achei um jogado no meio das minhas tralhas.



E foi só brincar um tempinho pra mudar de idéia. O objetivo do bilboquê é simples: encaixar a bolinha no cabo. Sem pilha, sem luzinhas ou sons, mas com muito mistério. Meros mortais não conseguirão nem na primeira, nem na segunda, nem na 15ª tentativa.



Isso porque ele não é nada intuitivo. Na verdade, há uma série de procedimentos complexos e rigorosos que se interligam pra fazer que o objetivo seja atingido. Ou seja, se o alinhamento interplanetário permitir, talvez você consiga no quarto ou quinto dia de tentativas.



Exageros à parte, leva mesmo um tempo pra pegar a manha. Existe o jeito certo pra segurar no cabo, o movimento certo do barbante e o giro certo da bolinha. Pra fazer isso, seu braço tem que fazer o movimento certo e sua cabeça precisa de concentração. Depois que você descobre o certo de todos os passos, não tem segredo. É mole ;D



Apesar de toda a perfumaria, o bilboquê é um brinquedo bacana. Com ele a gente aprende que há certas coisas em que tudo tem que dar certo. Altamente recomendado pras pessoas com muito tempo livre. A sensação que se sente quando finalmente a parada funciona é impagável.