Thursday, October 29, 2009

@ net eh lívre xD~

Na internet, qualquer um pode falar a respeito do que bem entender. Temos a língua e o rabo soltos no ambiente virtual. Nada de meias palavras, diriam os mais afoitos. Ou seria nada de palavras inteiras?
A rede é um ambiente muito democrático e, graças a essa característica, permitiu a propagação do conhecimento e da livre manifestação do pensamento, o que é maravilhoso demais mesmo pra minha geração, que já nasceu com a liberdade no colo.
O que me deixa incomodado nesse cenário tão belo é que algumas ciências simplesmente não acompanharam a evolução que a internet trouxe. Veja, por exemplo, a língua portuguesa. Mesmo em fóruns especializados, em qualquer que seja o tema, podem ser vistas grandes atrocidades quando o assunto é o correto tratamento do infeliz idioma. O pior de tudo fica por conta da baixa disposição que temos de querer seguir regras, ainda mais num ambiente em que elas tecnicamente não existem.
Se cada internauta escreve do jeito que quer, é um favor que faz à diversidade. A credibilidade do que é dito, porém, nem sempre goza do mesmo privilégio. É difícil levar a sério um palpite cheio de erros grosseiros, mesmo que o assunto seja importante ou que o conteúdo ali expresso seja de fato verdade.
Também não dá pra dizer que a maioria tenta escrever certo. Com tanto dicionário e site de gramática por aí, o mais provável é que isso simplesmente não seja um problema ou uma preocupação pra muitos de nós.
Bem que eu acho importante saber se expressar até na internet, mas jamais poderia culpar aqueles que exercem seu direito de escrever com menos rigor. Afinal, também eles não podem me condenar por não acreditar em tudo que leio. No fundo, é bom que seja assim. Pior seria se todo mundo fosse obrigado a escrever de um único jeito mesmo no mundo virtual. Se pelo menos a gente conseguisse guardar os erros só pra internet...

Wednesday, October 28, 2009

Sobre o destino

É estranho. Enquanto algumas pessoas simplesmente acreditam no destino, que seria uma sucessão de fatos aleatórios e inevitáveis, outras recusam tal conceito e lutam com unhas e dentes a fim de serem donas de seus respectivos narizes. Posso me considerar pertencente ao segundo grupo, mas é inegável que às vezes é necessário dar o braço a torcer.
Eis a nossa vida. Estamos todos correndo, tentando aproveitar o tempo e salvar a pele. O fato é que as atitudes das outras pessoas têm influência sobre as nossas vidas, e vice-versa. E por mais que tentemos, nem sempre somos capazes de prever com eficiência o que devemos fazer quando acontece algum revés.
Por isso mesmo, é bom lembrar que nossa independência em relação ao resto do mundo é limitada. Seja pela lei, seja pelo amor, ou por qualquer outra força maior do que a nossa, somos obrigados a fazer curvas e ter responsabilidades.
E antes que a auto-ajuda tome conta e flores voem pelo ar, duro é constatar que nem sempre os outros se encontram dispostos a cooperar com os nossos objetivos. Também não é da maior esperteza deixar que tudo se arranje por si mesmo. Afinal de contas, que motivos teria uma pedra para se mexer e rolar para o acostamento? Vai continuar sendo uma pedra no meio do caminho.
No fim das contas, importante mesmo é se mexer, reagir. Não significa, porém, que tenhamos de passar como uma patrola pelos outros. Significa que é bom querermos ser donos dos nossos narizes, mas também que devemos estar preparados pra possíveis reviravoltas. E sem culpar o alinhamento dos planetas.