Wednesday, December 21, 2011

2011

Intenso. Essa é a palavra que definiria minha vida em 2011. Definitivamente, eu vivi com muita paixão os dias que se passaram. Não que tenha sido de todo bom.
O ano foi claramente dividido em duas partes pra mim. O início do primeiro semestre me trazia ventos de esperança, porque eu havia praticamente finalizado uma parte terrivelmente difícil da minha vida, que foi a monografia a distância. Eu estava confiante de que tudo iria bem e só precisaria viver normalmente para ter uma boa experiência, tocar meus sonhos e ajeitar a vida.
A coisa ficou ainda mais interessante com a viagem de carnaval, quando fui pro paraíso ao lado de outro paraíso. Veio, então, o clímax com a minha colação de grau - definitivamente, um dos momentos de maior êxtase na minha vida.
Tudo ia bem até que veio o meio do ano. Férias pequenas, pedregulhos emocionais entrando no sapato, remanejamento da vida pra segunda parte do ano.
Em agosto a situação ficou preta. Fiquei com a visão turva, tomei caminhos errados, investi meus níqueis em bois que não eram para mim, fiquei endividado e sozinho. Nunca esperei tanto que um mês passasse.
Setembro trouxe ventos de esperança e renovação. Fui começando a me reconstruir, até que, do meio para o fim do mês, veio o grande choque. E foi mau.
Foi então que decidi me fortalecer. Voltei pra academia, entrei na aula de dança, busquei meus amigos, meus quase amigos, meus colegas, meus conhecidos, todo mundo. Enquanto isso, vi e tomei atitudes impensadas, das quais certamente não me orgulho, mas que foram necessárias.
Meu, 2011 me trouxe tanto aprendizado... A maior parte dele, sim, no segundo semestre, e na base da paulada e da punhalada. Eu vivi tanto em 360 dias que parece que foram dois ou três anos. Percorri um grande espectro de sentimentos e emoções. Percebi-me mais humano, mais limitado, mas também mais consciente de mim mesmo e das minha habilidades. Eu me tornei mais forte e versátil.
E agora estamos em dezembro. O ano finalmente termina. Engraçado o finalmente... Em geral eu diria "mas já?". Mas não... Eu realmente quero que esse ano termine, e me deixe apenas as lembranças boas, o aprendizado e o amadurecimento. Mesmo porque não tenho tempo nem espaço pra guardar coisas ruins.
Em tudo que aconteceu, porém, vejo agora a presença firme e constante de Deus na minha vida. Se por ignorância, petulância ou teimosia, não fui merecedor de tanto aprendizado em tão pouco tempo, e mesmo assim Ele me conduziu com amor e paciência, e permitiu que meus pesadelos terminassem antes do dia 31.
Para 2012, não espero nada menos arrochado. Existe mesmo uma onda de pessimismo que se alastra na minha geração, então as coisas com certeza não estão muito boas. Mas é na confiança no Grande que tenho agora e na maturidade que adquiri que sigo tateando, batendo e apanhando. A vida é boa, e vale a pena. Quero viver cada instante com os olhos abertos e o coração bacana. Que 2012 seja melhor, e ainda mais intenso.