Existem dias em que até quando alguém tenta me passar raiva, acaba me fazendo é bem. Sei que é difícil de acreditar, e eu também não acreditaria, não fosse o que aconteceu hoje.
Sucedeu que, depois de muito me exercitar na academia, dirigi-me ao supermercado a fim de comprar uns iogurtes e cumprir mais um passo da dieta diária. Parei meu humilde possante no estacionamento sem me preocupar muito, e quando fui pegar a carteira e sair do carro, o tato disparou o alarme de merda: o cantil de malto ficara aberto e molhara o banco do passageiro... Tava rosa o assento.
Sem mais me demorar, logo tramei comprar uns guardanapos pra resolver a parada. Guardanapos que não comprei, pois enquanto pegava os iogurtes, lembrei-me de também comprar uma lasanha, e esqueci-me completamente daqueles pequenos e salvadores pedacinhos de papel.
Lá ia eu, tranquilo, de volta pro possante, quando vejo uma senhora de semblante não muito simpático ajustando uma folha no meu pára-brisa. Ela me viu, entrou no carro e começou uma delicadíssima operação pra tirar seu pequeno automóvel da vaga ao lado. Qual era o bilhete? "Ver se aprende a estacionar direito e para de prender os outros". Sim, foi exatamente isso, escrito com pincel atômico vermelho e em caligrafia perfeitamente legível...
Veio então uma avalanche de perguntas que supitavam no calor da raiva que senti diante de tão famigerada provocação. Primeira: "quem essa mulher pensa que é?!"-Não sei. Segunda: "será que parei errado?"-Ehr... em cima da linha. Tecnicamente correto, digamos ("quem essa mulher pensa que é?!?!"). Terceira: "será que ela encostou no meu carro?"- e desci lá pra ver. Para a sorte de ambos, lá estava o possante, ileso em sua integridade e pintura.
Tirei aquele lindo recado, joguei-a perto dos iogurtes. Retornando à base, veio a incômoda lembrança do banco molhado e cheirando a morango. Prevendo a nada agradável reação de meus progenitores diante do fato e no afã de eximir-me da culpa, tirei logo a camiseta e tentei secar o suco com a camiseta enquanto dirigia. E não é que tava funcionando?
Camisetas são boas em tirar manchas, mas o que havia ali não era um simpels derramamento acidental. O líquido rosa já se havia bandeado pra dentro da dobra do banco, sendo que o tecido da minha singela vestimenta não mais podia alcançá-lo. Precisava de algo mais fino... Algo como um papel em que estivesse escrito um desaforopra mim!
E sim, aquele recadinho veio bem a calhar. Não houve mancha que a ele resistisse. O melhor de tudo é que a folha também se rasgou toda, molhada que estava. Resultado final: uma camiseta suja, um banco limpo, uma folha A4 aos pedaços e artificialmente tingida de rosa e um sentimento de raiva transformado em vitória. Não podia ter sido melhor...
Sucedeu que, depois de muito me exercitar na academia, dirigi-me ao supermercado a fim de comprar uns iogurtes e cumprir mais um passo da dieta diária. Parei meu humilde possante no estacionamento sem me preocupar muito, e quando fui pegar a carteira e sair do carro, o tato disparou o alarme de merda: o cantil de malto ficara aberto e molhara o banco do passageiro... Tava rosa o assento.
Sem mais me demorar, logo tramei comprar uns guardanapos pra resolver a parada. Guardanapos que não comprei, pois enquanto pegava os iogurtes, lembrei-me de também comprar uma lasanha, e esqueci-me completamente daqueles pequenos e salvadores pedacinhos de papel.
Lá ia eu, tranquilo, de volta pro possante, quando vejo uma senhora de semblante não muito simpático ajustando uma folha no meu pára-brisa. Ela me viu, entrou no carro e começou uma delicadíssima operação pra tirar seu pequeno automóvel da vaga ao lado. Qual era o bilhete? "Ver se aprende a estacionar direito e para de prender os outros". Sim, foi exatamente isso, escrito com pincel atômico vermelho e em caligrafia perfeitamente legível...
Veio então uma avalanche de perguntas que supitavam no calor da raiva que senti diante de tão famigerada provocação. Primeira: "quem essa mulher pensa que é?!"-Não sei. Segunda: "será que parei errado?"-Ehr... em cima da linha. Tecnicamente correto, digamos ("quem essa mulher pensa que é?!?!"). Terceira: "será que ela encostou no meu carro?"- e desci lá pra ver. Para a sorte de ambos, lá estava o possante, ileso em sua integridade e pintura.
Tirei aquele lindo recado, joguei-a perto dos iogurtes. Retornando à base, veio a incômoda lembrança do banco molhado e cheirando a morango. Prevendo a nada agradável reação de meus progenitores diante do fato e no afã de eximir-me da culpa, tirei logo a camiseta e tentei secar o suco com a camiseta enquanto dirigia. E não é que tava funcionando?
Camisetas são boas em tirar manchas, mas o que havia ali não era um simpels derramamento acidental. O líquido rosa já se havia bandeado pra dentro da dobra do banco, sendo que o tecido da minha singela vestimenta não mais podia alcançá-lo. Precisava de algo mais fino... Algo como um papel em que estivesse escrito um desaforopra mim!
E sim, aquele recadinho veio bem a calhar. Não houve mancha que a ele resistisse. O melhor de tudo é que a folha também se rasgou toda, molhada que estava. Resultado final: uma camiseta suja, um banco limpo, uma folha A4 aos pedaços e artificialmente tingida de rosa e um sentimento de raiva transformado em vitória. Não podia ter sido melhor...
9 comments:
há males que vem para o bem =)
Não lhe conheço...mas presumo que seja alguém mto além de seu tempo.Parabéns pela originalidade!
Então...com certeza acompanharei os próximos textos.
Boa semana pra vc!
hahaha...
Interessantes suas histórias!!
:)
HAHAHAHAHAH ( :
adorei a historia
; D
kkkkkkkk..mt bom!
Um pouco mais e eu te chamaria de Pollyana! hahaha Dá-lhe o jogo do contente!
Bjok.
eahehaeha
euri XD
Para variar, mais um conto bem escrito...
adoroo³
;** bjao dan
Cara, que história!! Que virada!! hehehe
Abraço e apareça!!
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