Wednesday, January 28, 2009

O magricela de ontem



Primeeeiro dia na academia, my boy! Finalmente resolvi minha vida, encarei minha magreza e decidi de vez que deveria dar um fim nela.
Já faz um tempo que eu penso em malhar. É que não gosto de ficar parado. Sempre me meti a fazer flexões, pular corda e correr, mas nunca tive a regularidade e a persistência necessárias pra manter essas rotinas por muito tempo. Agora, porém, espero que as coisas sejam diferentes. Não que eu esteja obcecado com a idéia de ficar fortão, mas bem dá pra melhorar o pouco que existe aqui.
E quando eu falo pouco, é pouco mesmo. Suei pra fazer algumas séries. Sabe quando você pensa que tá ruim, mas na verdade tá muito pior? Pois é, esse pensamento me ocorreu enquanto eu lutava pra levantar um peso, e por alguns instantes comecei a rir de mim mesmo ali, todo vermelho e esbaforido, morrendo por levantar um pesinho de nada. Péssima ideia rir enquanto se malha: a gente perde a concentração e sempre acaba dizendo um 'que merda' no final.
Depois, hora dos halteres. Academia é um bom lugar pra se sentir diminuído. Enquanto há os magricelas se matando pra levantar coisas pequenas, há também os grandalhões, cujo braço é da grossura da coxa dos magricelas, levantando coisas pesadas e parecendo não se importar tanto com isso, na maior naturalidade.
E quando eu não aguentava mais, abdmonais. Pelo menos a esses eu já tava mais acostumado. O saldo ao final de toda a série era um rapazola tão cansado e molenga que mal se aguentava em pé. Foi difícil alongar e ir embora, mas sobrevivi. Disseram que no começo é assim mesmo.
Também disseram algo que meu braço lembrou hoje de manhã: iria doer depois. Ainda tô acreditando que a dor faz parte do processo, e espero que seja sinal de saúde e progresso.
Começar coisas novas e que exijam esforço dá um trabalho. É mais um peso que a gente passa a carregar, esperando que um dia traga resultados. Por falar em peso, tá na hora de ir pra academia. Té mais!

Saturday, January 03, 2009

Cão abandonado

Eu estava um tanto relutante em admitir, mas a verdade é que mesmo solteiros convictos como eu têm seus dias de carência. É, bem de vez em quando eu acho que seria uma boa achar alguém que me completasse e tudo. O que me consola é que esses dias são raros.
É estranho como nesses dias muda alguma coisa nos meus circuitos, como se eu de alguém precisasse pra me sentir feliz. Dá aquela sensação de cão abandonado e sem ter pra onde ir. Fico a pensar em possíveis alvos, analisando os riscos, tudo pra no final não sobrar nenhum, porque com essa crise até o mercado de mulher anda meio escasso...
Mas quando o melodrama interno atinge seu ponto crítico, começam a pipocar na memória alguns pensamentos distraidores dessa situação tenebrosa. Distração é quase sempre um alívio, mas não dá pra dizer que foi dessa vez. Por exemplo, incomoda-me o fato de que a gente é capaz de aprender coisas, evoluir a técnica, mas quando o assunto é relacionamento, parece que continua sentindo as mesmas coisas de sempre, cometendo os mesmos erros. E não somente entre homens e mulheres, mas
entre seres humanos. Nunca aprendemos, parece que as paixões não deixam. Talvez seja essa a causa de todas guerras e dos problemas do mundo(e vamos parar por aqui)!
Muito bem, depois de tanta divagação e de umas saídas com os amigos, voltei ao estado normal e tranquilo, sem me preocupar demais em ter alguém que me complete. Pode ser que encontrar uma moça bacana me ajude a ser uma pessoa mais feliz, mas não que essa seja uma meta prioritária. Ainda gosto de ser sozinho.