Hoje aconteceu uma coisa engraçada. Minha irmã me levou pra facul, porque queria ficar com o carro e resolver umas paradas que precisava pela manhã. No final da aula, ela não pôde me buscar, então tive de voltar a pé pra casa.
Brasília definitivamente não é uma cidade feia. Apesar da secura dessa época do ano, o caminho que eu fiz era bem bonito e cheio de coisas interessantes pra ver. A uns dez passos à minha frente, ia um garoto da minha idade de mochila nas costas, vestido casualmente. Ele deu uma olhada pra trás e continuou seguindo.
Quando ele foi pra esquerda, eu fui pra direita. Passamos por um bloco comercial e atravessamos a W3. Quando entrei na 308, vi que ele ainda estava na minha frente. Parecia que a gente ia pro mesmo lugar, mas julguei ser precipitada tal suposição.
Beleza, passamos pela 308, depois pela 108, e chegou a hora de atravessar os eixos. Como nenhum de nós parecia muito disposto a encarar as passarelas subterrâneas, aventuramo-nos na travessia. Eu nunca havia corrido como um louco pra transpôr e eixão antes, e, cara, foi menos assustador do que eu esperava, embora não menos perigoso, talvez.
Como demorei um pouco mais na aventura das pistas, o carinha ficou à frente de novo uns dez passos, mas eu nem tava me importando. Passando pelos blocos aqui da quadra, ele foi reduzindoa marcha. Quando cheguei ao meu prédio, veja só, descobri que ele também morava aqui. Fui pra entrada da esquerda, e ele pra da direita. Não falamos uma palavra um com o outro, e eu nem mesmo lembro o semblante do rapaz. Mas achei incrível como o anonimato e o isolamento em nós mesmos pode tornar qualquer coincidência um fato digno de reflexão. Ah, se pelo menos a gente pudesse confiar mais nas pessoas...
Brasília definitivamente não é uma cidade feia. Apesar da secura dessa época do ano, o caminho que eu fiz era bem bonito e cheio de coisas interessantes pra ver. A uns dez passos à minha frente, ia um garoto da minha idade de mochila nas costas, vestido casualmente. Ele deu uma olhada pra trás e continuou seguindo.
Quando ele foi pra esquerda, eu fui pra direita. Passamos por um bloco comercial e atravessamos a W3. Quando entrei na 308, vi que ele ainda estava na minha frente. Parecia que a gente ia pro mesmo lugar, mas julguei ser precipitada tal suposição.
Beleza, passamos pela 308, depois pela 108, e chegou a hora de atravessar os eixos. Como nenhum de nós parecia muito disposto a encarar as passarelas subterrâneas, aventuramo-nos na travessia. Eu nunca havia corrido como um louco pra transpôr e eixão antes, e, cara, foi menos assustador do que eu esperava, embora não menos perigoso, talvez.
Como demorei um pouco mais na aventura das pistas, o carinha ficou à frente de novo uns dez passos, mas eu nem tava me importando. Passando pelos blocos aqui da quadra, ele foi reduzindoa marcha. Quando cheguei ao meu prédio, veja só, descobri que ele também morava aqui. Fui pra entrada da esquerda, e ele pra da direita. Não falamos uma palavra um com o outro, e eu nem mesmo lembro o semblante do rapaz. Mas achei incrível como o anonimato e o isolamento em nós mesmos pode tornar qualquer coincidência um fato digno de reflexão. Ah, se pelo menos a gente pudesse confiar mais nas pessoas...